Equipe Gênero e Número: Maria Lutterbach, Vitória Régia da Silva, José Lery e Giulliana Bianconi Equipe LAMO: Isadora Tebaldi, Lais Kaori, Maria Elisa Vianna, Marinah Raposo e Pedro Engel Fotos: Juliana Chalita Projeto: out/2017 Montagem: nov/2017 [fotos do processo] Técnica: Origami, Grasshopper e Fabricação Digital Materiais: Polipropileno, MDF, Vinil, Cabo de aço e Pedra
É uma instalação baseada na reportagem “Taxa de homicídios de mulheres negras subiu 14% na última década, enquanto a de brancas caiu 8%”, de Vitória Régia da Silva (colaboração de Maira Baracho) publicada na Gênero e Número em novembro de 2017, com dados do Instituto Igarapé. Esse projeto foi desenvolvido em parceria com o grupo Gênero e Número – Narrativas pela Equidade + LAMO para o evento _Diálogos Gênero e Número que aconteceu durante o mês de dezembro de 2017 no Parque das Ruínas. Cláudia Silva Ferreira morreu em 2014 após ser arrastada por uma viatura da PM do Rio de Janeiro. Em 2014, o Brasil atingia a maior taxa de homicídios de mulheres pretas por intervenção legal* dos últimos oito anos. Se tiver nascido preta, como Cláudia, uma mulher brasileira corre um risco duas vezes maior de ser assassinada em um intervenção legal do que se for branca, como mostra a taxa de homicídios desse tipo entre 2006 e 2015, período em que se baseiam os gráficos da obra. Enquanto o racismo não for encarado como agravante nos crimes contra mulheres no Brasil, Cláudias, Vivians e Kelys seguirão sendo vítimas anunciadas. *designação dada a casos de óbito provocados por agentes do Estado.